Por outro lado, as três quedas de participação mais intensas foram São Paulo (SP), com recuo de 0,6 ponto percentual; Rio de Janeiro (RJ), com redução de 0,4 ponto percentual; e Brasília (DF), com diminuição de 0,3 ponto percentual.
Ainda de acordo com o estudo, 11 municípios responderam por quase 25% do PIB nacional e 16,6% da população brasileira. Por outro lado, as 87 cidades com os maiores PIBs representavam cerca de 50% do PIB e 36,7% da população do país.
FPM: entenda critério de distribuição de valores para capitais e cidades do interior
Entenda a proposta que retira gastos com terceirização dos limites de despesas com pessoal
Segundo o geógrafo do IBGE, Marcelo Delizio Araujo, existe uma tendência histórica de as grandes concentrações urbanas perderem participação no PIB, em relação às cidades menores. Para ele, isso contribui para a redução das desigualdades espaciais do país.
“Na comparação com 2020, embora o município do Rio de Janeiro tenha perdido participação no cenário nacional, em 2021 a concentração urbana do Rio de Janeiro saiu de 7,5% para 7,8% do PIB do Brasil, O resultado foi puxado pelo bom desempenho da indústria extrativa, sobretudo no município de Maricá”, destaca.Fonte: IBGE
Cidades bilionárias
Levantamento do Brasil 61 também revela que, em 2021, noventa e duas cidades do país apresentaram receita acima de R$ 1 bilhão. Esses municípios representam mais de um terço da população brasileira e têm um orçamento total de R$ 344,3 bilhões.
São Paulo se destaca como o estado que concentra o maior número de representantes da lista. Ao todo, são 29 cidades paulistas bilionárias. Além da capital, outras seis cidades do estado figuram entre as 20 mais ricas do país. Minas Gerais, que conta com oito municípios entre os 92, aparece na sequência.
Já os estados do Paraná e Rio de Janeiro contam sete cidades com receita superior a R$ 1 bilhão. No Rio Grande do Sul, além de Porto Alegre, outros cinco municípios compõem a lista. Os estados de Santa Catarina (4), Goiás (4), Pará (4), Bahia (3), Pernambuco (3), Espírito Santo (2), Mato Grosso do Sul (2) e Paraíba (2) são aqueles que contam com mais de um município bilionário.
Onze estados contam com somente uma cidade no ranking. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe.
As 20 cidades com as maiores receitas do país
- São Paulo (SP) - R$ 72,8 bi
- Rio de Janeiro (RJ) - R$ 32,6 bi
- Belo Horizonte (MG) - R$ 13,6 bi
- Curitiba (PR) - R$ 9,4 bi
- Fortaleza (CE) - R$ 8,5 bi
- Porto Alegre (RS) - R$ 7,8 bi
- Salvador (BA) - R$ 7,6 bi
- Manaus (AM) - R$ 6,6 bi
- Campinas (SP) - R$ 6,5 bi
- Goiânia (GO) - R$ 6,2 bi
- Recife (PE) - R$ 5,9 bi
- Guarulhos (SP) - R$ 4,9 bi
- São Bernardo do Campo (SP) - R$ 4,7 bi
- Niterói (RJ) - R$ 4,6 bi
- Campo Grande (MS) - R$ 4,3 bi
- Barueri (SP) - R$ 4,1 bi
- São Luís (MA) - 3,9 bi
- Belém (PA) - R$ 3,6 bi
- São José dos Campos (SP) - R$ 3,4 bi
- Osasco (SP) - R$ 3,4 bi
- A receita da cidade de São Paulo é superior à soma das receitas de Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Porto Alegre. O especialista em orçamento público Cesar Lima destaca a importância dessas cidades para a economia do país.
“Esses municípios representam hoje 4% do PIB brasileiro. E o número desses municípios tem crescido. Em 2018, tínhamos 65 municípios que arrecadavam acima de um bilhão de reais. Em 2019, 71. Em 2020, 82. E, no ano passado, nós fomos para 92, demonstrando uma melhora na economia. É a dinamização da economia, uma vez que você tem mais cidades nesse seleto grupo das cidades bilionárias”.
Postar um comentário